Frases


"O coração que se ganha é o que se dá em troca"Marcelino Freire



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

III Semana da Animação – DIA 2011



E hoje é o DIA! O Dia Internacional da Animação, evento tradicional que reúne mostras de curtas nacionais e internacionais, acontecendo simultaneamente em muitas cidades, chega à sua oitava edição.

Aqui em Fortaleza, as mostras do DIA serão exibidas no encerramento da III Semana da Animação, evento que desde a última terça (25) tem "animado" a cidade! Já dei boas informações sobre a Semana aqui no blog, mas nunca é demais recomendar uma visita no blog oficial, onde há a programação e informações completas.

Quem puder vir (Casa Amarela Eusélio Oliveira, na Av. da Universidade) não deixe de aparecer para assistir a animações de qualidade e bater um papo descontraído com os coordenadores da III Semana! Teremos pipoca gratuita para as mostras!

E um ótimo DIA a todos!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

III Semana da Animação – A todo o vapor!



Hoje foi o terceiro dia de nosso evento, que está trazendo animação de qualidade para Fortaleza, além de uma vasta programação com oficinas e seminários. Mas tudo isso já devo ter falado antes, é verdade!

Bom, durante este evento, tenho me dedicado praticamente em tempo integral a ajudar meu irmão Diego, em boa parte dos processos e registros. Têm sido dias cansativos, longos e caóticos até, mas reconfortantes, quando vemos o resultado de tanta determinação em levar a Semana da Animação adiante. O retorno do público é animador! Todo o pessoal do NUCA – Núcleo de Cinema de Animação Casa Amarela Eusélio Oliveira, que também faz o evento, está de parabéns.

Esta imagem acima mostra exatamente como têm sido estes dias para mim. Venho colaborando, entre outras coisas, com os textos do blog da Semana, além de manter informações em tempo real pelo twitter, a medida que as atividades vão ocorrendo. Em breve trarei para cá postagens mais detalhadas, sobre todos os dias do evento. Já há várias páginas anotadas em meu bloquinho sobre a III Semana e também sobre a edição do ano passado, que já queria ter feito há tempos, como falei também em outro post recente.

E amanhã é o último dia da III Semana! Quem for de Fortaleza, não perca essa chance! A programação é inteiramente gratuita. Não deixe também de acompanhar as últimas notícias do evento no blog oficial do mesmo!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

III Semana da Animação – Vinheta!





Amigos, já está no ar a vinheta da III Semana da Animação! Meu irmão, Diego Akel, mais uma vez mergulha de cabeça no projeto, e além de coordenar o evento, ele fez esta bela vinheta em tempo recorde!

As três cores, azul, verde e azul, referência das cores aditivas, ou RGB, são a base da imagem em vídeo. O olho demonstra amplitude, atenção e audiência. É como se todos estivessem literalmente respirando imagens no período do evento, o que aliás é um dos objetivos do mesmo!

Um trabalho com um certo ar minimalista, mas sem deixar o tom caótico e inquieto sempre presente nos trabalhos de Diego!

E vamos que vamos! A III Semana começou ontem, com um grande público na Casa Amarela, aqui em Fortaleza. Em breve postarei mais detalhes do evento aqui.

Também estou fazendo postagens especiais no blog oficial do evento, não deixem de dar uma olhada!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

III Semana da Animação!



Começa amanhã (25), aqui em Fortaleza, a 3ª edição da Semana da Animação, evento que desde 2009 visa impulsionar e valorizar o cinema de animação autoral, dando ênfase ao trabalho de artistas locais, mas também reunindo obras internacionais, em mostras e sessões especiais. O NUCA – Núcleo de Cinema de Animação Casa Amarela Eusélio Oliveira, mais uma vez será o palco principal das atividades.

A Semana da Animação traz ainda oficinas e seminários, este ano focados em técnicas como o versátil Flipbook até o 3D digital.  Finalizando a programação, teremos ainda a mostra do DIA (Dia Internacional da Animação).

Meu irmão Diego Akel, juntamente com Telmo Carvalho, do NUCA, estão novamente à frente com a organização geral do evento. 

Mais uma vez, também, terei o prazer de colaborar com atualizações no blog do evento. Por falar nisso, fiquei de postar aqui uma breve retrospectiva da II Semana, do ano passado. Devido a alguns contratempos, ainda não foi possível, mas, aproveitando a deixa da vindoura edição 2011, darei um jeito de apressar as coisas, e logo mais tudo estará aqui. Por enquanto, vejam algumas das fotos das edições passadas, de 2010, e também de 2009, que marcou a estreia do evento, aqui.

É isso, se puderem, não deixem de comparecer para conferir nossa programação, que será inteiramente gratuita! Nos vemos lá!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Livro: Bartleby, o escriturário


Fotos: Diego e Denis Akel

Já estava praticamente decidido a finalmente ler O exército de um homem só, de Moacyr Scliar – um livro que há tempos está na minha mira – mas quando estava procurando por ele na estante, dei com este outro livrinho, que já tinha comprado há tempos, na esperança de lê-lo num futuro não muito distante. Como se trata de um livro fininho, e com um mote que tinha tudo que me atraía, resolvi ceder-lhe a vez na leitura.

O que mais me chamou para comprar esse livrinho não foi o fato de ele ser de autoria de Herman Melville, autor do clássico Moby Dick (pelo menos não a princípio). A pequena e breve sinopse contida nas costas dele, sim. Claro que geralmente as palavras contidas nesta parte são justamente com este fim, de fisgar o leitor, mas elas exerceram em um fascínio maior, instantâneo, quase como se tivessem sido escritas para mim, se é que me entendem, por tratar-se de um tema realmente inesperado e absurdo, bem ao estilo que gosto de compor minhas histórias, quando escrevo.

A ideia geral é bem simples, a princípio. Um sujeito que trabalha em um escritório, subitamente, passa a se recusar a trabalhar, contrariando seu chefe. É justamente essa simplicidade que coroa a complexidade da obra.

Narrado viva e realisticamente pelo próprio chefe, que detém um pequeno escritório na Wall Street, a história foca Bartleby, que havia sido contratado como auxiliar de escritório, para ajudar nas cópias e revisões de documentos, ou seja, trabalhar como escriturário. É interessante observar como o dono do escritório é bastante arguto e observador, gostando de traçar perfis de seus funcionários, com um certo ar de superioridade. Porém, se vê desarmado e quase incomodado diante de Bartleby.

Bartleby mostra-se, a princípio, extremamente produtivo, um exemplo de funcionário. Até que certo dia vem a bomba, quando, sem qualquer explicação, ousa responder às ordens de seu chefe com um surpreendente "Prefiro não fazer". É a partir daqui que temos uma reviravolta, em todos os aspectos. O dono do escritório se vê desorientado diante daquela situação. Como reagir àquela inesperada insubordinação? O mais curioso é que Bartleby nunca é mal-educado ou rude. Mesmo recusando-se a trabalhar, ele mantém a calma e frieza. E é bem isso que o torna insuportável.

Cada vez mais, esse comportamento incomum vai perturbando e quase fascinando o dono do escritório, que passa a observar Bartebly continuamente. Tudo nele parece estranho. Trata-se de uma pessoa, aparentemente, sem passado, sem família e, de certa forma, quase sem vida.

Seu patrão, claro, poderia demiti-lo de imediato, e por fim àquela estranha situação, correto? Mas será que ele pode mesmo fazê-lo? Temos aqui vários questionamentos e reflexões referentes à ética, culpa, fragilidade e inocência. Se demitisse Bartleby, não estaria sendo injusto? Quem sabe aquilo fosse apenas uma fase ou algo parecido? E se nunca mais o coitado tivesse uma oportunidade na vida? Pensamentos parecidos povoam a mente do dono do escritório, que vê sua vida tomada por esse repentino, silencioso e enigmático peso, que Bartleby passou a se tornar. Representado ainda como uma figura apática, magra e quase inexpressiva (o que faz nutrir justamente esse sentimento de pena e culpa, razão pela qual o narrador hesita em reagir).

O livro instiga, e flui surpreendentemente rápido, à medida que vamos acompanhando e tentando, junto com o narrador, entender Bartleby. É um personagem único, ousado, que quebra conceitos e destrói certezas, fazendo repensar valores, tudo isso sem dizer praticamente nada, afinal, ele prefere não dizer!

Além de todo este enredo intrincado e surpreendente, o livro tem ainda uma acentuada carga de humor negro, pois de tão absurda e fantástica, a situação chega a parecer uma brincadeira, uma situação cômica. Mas se desenha igualmente com ares de tragédia, numa interessante mistura de sensações.

Outro detalhe que também me chamou muito a atenção foi o fato de a história, ambientada no século XIX, nos fazer imaginar como é a rotina de um escritório de advocacia nesse período. Não há muitos elementos que façam essa descrição, então ficamos apenas com nossa imaginação, pensando como seria a rotina e disposição do lugar, provavelmente ainda à luz de velas. Acabamos involuntariamente tentados a encaixar o escritório nos tempos atuais, dada a proporção e atemporalidade da história, mas não podemos nos esquecer de que ela já tem mais de 150 anos. Contudo, segue constante, atemporal, como um clássico, que sobrevive às novas eras e gerações.

Enfim, uma leitura deliciosa, intrigante, reveladora, a cada página. Não deixem de ler! A L&PM Editores tem essa ótima edição, por R$8,00, se não me engano.
Bom, procurei dar um rápido panorama desta breve e fascinante história. Um último comentário: a história de Bartleby, é, no fundo, a história de todos nós. Essa percepção é incrível!

E querem saber? Prefiro não dizer mais nada!