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"O coração que se ganha é o que se dá em troca"Marcelino Freire



domingo, 8 de agosto de 2010

Anima Mundi 2010 (III - Praça Animada)


Continuando a falar sobre nossa ida ao Anima Mundi 2010, vou comentar um pouco sobre a Praça Animada, um dos pontos de maior destaque do festival. Essa postagem mostra um pouco do que aconteceu por lá, dos primeiros ao último dia do evento :)
A Praça Animada é uma mega estrutura criada especialmente para o Anima Mundi, no espaço onde "normalmente" fica a Praça dos Correios, bem nas proximidades do CCBB e do CCC (Centro Cultural dos Correios). É basicamente uma enorme tenda, mas que transforma a praça em uma verdadeira sala de cinema, e tem capacidade para quase 700 pessoas. Foi lá que ocorreram grande parte das mostras do evento, em sessões de 1 hora de duração, e também exibição dos longa-metragens, além da premiação.

Foi lá também que aconteceu um dos destaques deste Anima Mundi, o bate papo com o criador do Bob Esponja, Stephen Hillenburg, que mostrou alguns de seus primeiros trabalhos na área de animação. Acabamos não assistindo, mas depois soubemos que foi um dos maiores públicos do festival. Aliás, isso já era de se esperar ;p

A rua que separava a Praça Animada do CCBB, durante o Anima Mundi, foi quase interditada, tamanho o fluxo contínuo de pessoas, que começava a partir das 11:00 da manhã, quando iniciavam as sessões, até as 21:00. Havia ainda muitos pipoqueiros e outros vendedores autônomos tentando também obter algum lucro com o festival, o que era muito bom, pois nada como uma boa pipoca para acompanhar os curtas, ou mesmo apenas uma garrafa de água para as horas mais quentes.

- A movimentação na rua ao lado da praça era intensa, fosse manhã ou noite.


Terminadas as sessões, a saída da Praça Animada era feita por um caminho lateral, que conduzia à Casa França-Brasil, onde também acontecia muitas atividades do festival, e um dos principais atrativos era a lojinha do Anima Mundi. Vários artigos relacionados ao evento, como camisas e bolsas, eram vendidos lá.

A foto abaixo mostra esse caminho que conectava os dois espaços, onde tinha algumas pinturas expostas e, claro, seguranças!


Os curtas exibidos durante o Anima Mundi foram sensacionais, como já falei aqui no blog em outras postagens, e é realmente uma outra sensação assistir a tudo diretamente no festival, interagindo com todos, com o clima; essa magia que se instala no Rio de Janeiro durante o festival. Falarei melhor dos curtas em uma postagem futura, em breve.

O fato é que o ritmo era incessante, e era praticamente impossível assistir a tudo. Chegávamos à Praça Animada para a sessão das 11:00, depois já tínhamos a das 13:00 pela frente, seguindo assim até o fim do dia (alternando programações entre a Praça, o CCBB, a Casa França-Brasil e o CCC, alguns dos locais onde acontecia o Anima Mundi, todos próximos uns dos outros, felizmente). Posso afirmar, sem qualquer dúvida, que nunca assistimos a tantas animações juntas. Era mal sair de uma sessão, comer alguma coisa, e já pegar o ingresso para a seguinte!

A Praça Animada não deixava nada a dever em comparação a um cinema, ou quase. Tinha um probleminha bem chato, que a maioria parecia não perceber, ou se importar: os assentos. Eles eram dispostos com uma certa altura entre uma fileira e outra, para não haver incovenientes de alguém ficar na frente de outro. Até aí tudo bem, mas o problema ficava por conta do grande desconforto que era sentar-se neles. O espaldar (se é que podem ser chamados assim, tão pequenos que eram) desses assentos só ia até a metade das costas, e não havia qualquer apoio para os braços, o que tornava um grande desconforto passar mais de meia hora sentado neles. O que ajudou foi que, bem à frente da projeção, havia umas duas ou três fileiras de cadeiras normais, dessas de escritório. Sim, não era nenhuma poltrona acolchoada, mas era bem melhor que os "esboços" de assentos que enchiam o espaço. Por conta disso, acabamos nos sentando sempre próximos à tela, para poder assistir melhor aos curtas (ou quase, porque aí vinha aquela dor no pescoço, decorrente de se passar tanto tempo com a cabeça erguida). Mas o pior era mesmo com os longas! Passar mais de 1 hora e meia sentado ali (em qualquer que seja os assentos, pois a cadeira não dá quase apoio nenhum) é um verdadeiro castigo! Ainda bem que foram apenas três longas exibidos =)



- Público tomava seus lugares para uma das sessões da Praça Animada


Após atravessarmos o portão de entrada da praça, tinha a entrada da tenda, e o pessoal do evento, que distribuía folhinhas com os nomes dos curtas a serem exibidos. Além dos nomes, havia ainda uma avaliação, a ser preenchida pelo público: era como seriam escolhidos os melhores na categoria júri popular. Neste mesmo espaço, ao lado das entradas à tenda, tinha uma parede onde estavam expostos alguns pôsteres do material que seria exibido. Pôsteres bem bacanas, que não poderia deixar de fotografar!

Vejam as fotos abaixo:




No último dia do festival, domingo, 25 de Julho, a tenda da Praça Animada deve ter conhecido o seu maior público. Era a noite de encerramento do Anima Mundi. A premiação aconteceria às 19:00, e seria seguida da exibição dos curtas ganhadores. A fila que estava diante do portãozinho da praça só deve ter perdido para a do dia do Stephen Hillenburg. Ela se estendia até quase o final da rua, e à hora que chegamos, tivemos que ficar bem no finzinho mesmo. Felizmente, a maioria das pessoas ocupou de imediato os lugares superiores, e quando entramos a tenda já estava praticamente lotada. Dessa vez foi difícil achar lugar, uma vez que boa parte das cadeiras da frente se achava reservada aos convidados. Acabamos achando, em um dos cantos, mas ainda à frente, e lá ficamos, aguardando o início da premiação.

- Público recorde lotou a Praça Animada na noite do dia 25, onde aconteceria a premiação. Muito legal ver todo esse interesse por parte de todos.


Então, sob grandes aplausos, falaram para o público os quatro diretores do festival: Marcos Magalhães, Aida Queiroz, Cesar Coelho e Léa Zagury. Filmei boa parte da cerimônia, que quase teve mais agradecimentos aos patrocinadores do que qualquer outra coisa.

O Canal Brasil marcou presença, registrando o momento e entrevistando Marcos Magalhães. O mais chato de se sentar na frente era quando o cinegrafista quase nos "cegava", ao virar a câmera para mostrar o público, iluminando com aquela espécie de holofote ;)

- Marcos Magalhães, um dos diretores do festival, é entrevistado pelo Canal Brasil, enquanto o público era temporariamente ofuscado pela intensa iluminação ;)


Os vencedores foram então divulgados. Vejam a lista abaixo:

JÚRI POPULAR
Melhor Longa Metragem

1.
Mary & Max - Uma Amizade Diferente, de Adam Elliot (Austrália)
2. Boogie, el Aceitoso, de Gustavo Cova (Argentina)
3. The Apple and the Worm, de Anders Morgenthaler (Dinamarca)

Melhor Filme de Estudante
1. Mobile, de Verena Fels (Alemanha)
2. Der Praezise Peter, de Martin Schmidt (Alemanha)
3. Pombinha Branca, de Fernando Augusto Dias da Silva (Brasil)

Melhor Curta-Metragem Infantil
1. Yes, Virginia, de Pete Circuitt e Bitstate (EUA)
2. Eu Queria ser um Monstro, de Marão (Brasil)
3. The Gruffalo, de Jakob Schuh e Max Lang (Reino Unido)

Melhor Curta-Metragem Brasileiro
1. Eu Queria ser um Monstro, de Marão (Brasil)
2. Imagine uma Menina com Cabelos de Brasil, de Alexandre Bersot (Brasil)
3. Pombinha Branca, de Fernando Augusto Dias da Silva (Brasil)

Melhor Curta-Metragem
1. La Dama y la Muerte, de Javier Recio Gracia (Espanha)
2. Der Kleine Und das Biest, de Johannes Weiland e Uwe Heidschötter (Alemanha)
3. Logorama, de François Alaux, Hervé de Crécy e Ludovic Houplain (França)

PRÊMIO AQUISIÇÃO CANAL BRASIL
Imagine uma Menina com Cabelos de Brasil, de Alexandre Bersot (Brasil)

JÚRI PROFISSIONAL
Melhor Animação
Videogioco a Loop Experiment
, de Donato Sansone (Itália)

Melhor Roteiro
Der Kleine Und das Biest
, de Johannes Weiland e Uwe Heidschötter (Alemanha)

Melhor Trilha Sonora
The Lost Thing
, de Andrew Ruhemann e Shaun Tan (Austrália, Reino Unido)

Melhor Direção de Arte
Madagascar, Carnet de Voyage
, de Bastien Dubois (França)

Melhor Filme de Encomenda
Xixi no Banho
, de Fernando Sanches (Brasil)





O curta Eu queria ser um Monstro, de nosso amigo Marão, levou dois prêmios, e foi bastante comentado durante o festival. Sob uma chuva de aplausos, Marão recebeu o troféu e agradeceu a toda a equipe que o ajudou a produzir o filme. Foi um momento muito bacana! Parabéns Marão :)

Vou terminando essa postagem por aqui. O Anima Mundi terminou nesse dia no Rio, de onde já seguia para São Paulo. Mas ele ainda não terminou aqui no Diálogos. Na próxima postagem desta série, comentarei sobre a Casa França-Brasil, e as atividades que lá ocorriam!

A material sobre o Anima Mundi, produzida pelo Canal Brasil, pode ser assistida nesse link.

Ah, só para lembrar, também falarei mais detalhadamente sobre alguns curtas em uma postagem futura, aguardem!

E um segundo "Ah", lembrando outra coisa! Não deixem de acompanhar o blog de meu irmão, Diego Akel, que participou do Anima Mundi com o curta Linhas e Espirais na Galeria Animada (outro tema para uma postagem futura). Diego também está falando sobre o festival, de uma maneira mais técnica, vale a pena conferir!




Veja a parte IV dessa série (Casa França-Brasil) clicando aqui!

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